Quando nascemos, saber o que
seremos, quando, como ou aonde chegaremos, é impossível. Afinal, somos amparados
por outras mãos, guiados por outros olhares, apresentados ao mundo e moldados
culturalmente aos gostos, desejos e anseios já existentes, até atingir uma
determinada maturidade – que pode variar: para uns chega prematuramente, para
outros, é mais tardio e para algures, parece nuca chegar - até que possamos, talvez,
decidir por nós mesmos.
Do nascimento até a vida adulta,
são tantos caminhos e suas variáveis, encruzilhadas, esquinas, ruas sem saída, becos
sombrios, pedras e espinhos. Tudo conspira para nos tirar dos “trilhos”. Mas, quando
chega esse momento, de seguirmos nossos próprios passos, mesmo que percorramos
vários caminhos, tantos outros que jamais serão, seja porque não nos agrada,
não nos pareça o correto, por parecer o mais distante, por ser o mais curto e
menos interessante ou simplesmente porque seja impossível, nesse período (existência)
percorrer todos eles. Mesmo assim, temos que insistir, pois qualquer um pode
ser o caminho para o amanhã. É o nosso aprendizado. A liberdade!
Nesse tempo, rumo ao
amadurecimento, cada ano que aniversariamos, teremos a composição dos sonhos,
desilusões, sorrisos, lágrimas, alegrias, tristezas, conquistas e decepções.
Ganharemos amigos e descobriremos inimigos. Os amores que achávamos eternos se
tornam efêmeros e, quando se vão, a dor nos parece não ter fim (ah! como
sofremos). E as mãos que outrora nos amparavam, os olhos que nos guiavam e nos
apresentaram a esse mundo tão desafiador e complicado, inexplicavelmente
precisam partir. Mas, como o tempo não para, apesar das quedas, dos erros e dores,
mais maduros, cheios de cicatrizes e marcas do tempo, temos que seguir
tentando, sonhando.
Assim a vida, muitas vezes, pode nos
parecer uma loucura inconsequente. Mas não! Ela é essa aventura estritamente
delirante, envolvente e impressionantemente apaixonante. Obrigado, tempo, por
mais um ano que me concedeste para seguir esse caminho, Vida!
ecobueno