Semente
Nesse palco (mundo), que é iluminado pela luz do sol, durante o dia, e, à noite, pelo brilho das estrelas e a magia da Lua, nós, essa mistura de expectadores, roteiristas, atores e atrizes, sem distinção, seguimos.
Ao longo do tempo vamos compondo nossos enredos, dos mais variados temas, e nesse caminho, um belo dia, sem que percebamos, novas histórias se encontram, se entrelaçam e se fundem, continuando, completando e enriquecendo a cada instante nosso viver.
Personagens tão distintos, sem jamais terem imaginado uns aos outros, num desses lampejos instantâneos, simplesmente se cruzam, se unem (casam) e desde então começam a traçar a quatro mãos, seus novos roteiros de vida.
E como não poderia deixar de ser, eis que surge o momento (é a sequencia divina da vida) de dar mais brilho, cor e emoção às cenas, e sem censura, como no ápice de qualquer enredo, um capítulo especial é editado. E todos os holofotes e os esforços são direcionados para esse momento. Eis que surge a atriz principal, roubando todas as cenas com seu ventre em ebulição.
A terra fértil, antes nua, recebe a semente que germinará e dará continuidade a história de duas vidas, antes distintas, que hão de se fundir em uma única - gravidez. É a maravilha da fecundação!
E dessa união, eis que surge essa coisa pequenina, centelha divina, ser único e especial, num crescente diário, que revelará a magia do viver. E essa chegada, tão esperada, iluminará, num abrir d’olhos de tamanha intensidade, novos caminhos, antes tão esquecidos. Renasceremos juntos!
E no decorrer da nova vida, suas interpretações tão instintivas, porém seguras, revelarão a cada dia novas descobertas, que nos alimentarão de surpresas jamais imaginadas, e sem duvidas seremos os fãs mais dedicados (babões) e apaixonados.
Será sempre assim quando ouvirmos seus grunhidos desconexos, que soarão feito poemas aos nossos ouvidos; seus movimentos ainda tímidos e desorientados, parecerão passos delicados, dignos de bailarinos. Seu choro terá sempre um significado: fome, dor, frio ou apenas manha; mesmo assim nos desdobraremos para cessá-lo. Seu corpo pequenino emanará tanto calor quanto os raios de Sol. Seu sorrisinho meigo nos deixará de quatro, quase sem ação. Suas mãos tão miúdas parecerão enormes o suficiente quando precisarmos dela para nos amparar; e então ao pronunciar a primeira silaba, aí sim, nos soará feito a musica mais bela que alguém poderá compor. O que será de nós?
E então, quando chegar o dia “D” e as cortinas desse palco se fecharem para alguns de nós, esse novo ser (criança) representará a alegria e a perenidade de tudo aquilo que cultivamos quando conduzíamos nossos personagens.
Devido a sua importância, de um novo capítulo dessa história escrita por e para a família, essa é uma singela homenagem a essa semente (novo ser) que está sendo gerada e gerando tantas alegrias. O que podemos dizer? Seja bem vinda, Isabella !!!!
Ecobueno