segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Cores


                      

                                No brilho dos cabelos
                                      Fios que bailam
                                   Sob o infinito azul
                                 O castanho dos olhos
                                   No lápis do artista
                                  O delinear dos cílios.
                                  No blush que desliza
                                   Contornando a face
                                   O realce dos traços
                                No descerrar dos lábios
                                 A harmonia do sorriso
                                 A riqueza do momento
                                  A expressão da alma
                                     São cores únicas
                                     Na tez de Maria!

                                         ecobueno16

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Inverno Primaveril!




No mesmo cenário, 
No átimo de um click!
Todos os significados:
A beleza na forma,
A delicadeza na cor
Nos tons a felicidade
A grandeza do amor
A força da renovação
O deleite da esperança
A (Lu)z da alma feminina
Que o inverno primaveril, suscita
Teu riso na flor de cerejeira

Ecobueno16

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Por Quê?



Por que ser assim, moça, bela, não lhe basta?
Ainda tem que ter inteligência, sabedoria, humor,
O brilho nos olhos, a graça, a força, a intuição?
Ao sorrir suavemente, cativa como poucos,
Na vida, baila com ritmo; inquietante equilíbrio,
Sempre em busca de quem possa acompanha-la
Mas, por ter outro compasso, andamento, urgência
Vibra, desconcerta! Ávida à vida, não espera...
Por que ser assim, moça, bela, não lhe basta?
E não são só traços, mas no indelével interior
Revelado na microestrutura do seu olhar
A menina dos olhos é a menina que em ti habita
Brilhando Marias: Menina, moça, mulher!
No meu canto, sou a antítese do que és...
Observo, admiro e contemplo, tanto encanto
Ser bela, não lhe basta; por quê?


ecobueno16

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Um Ano Intenso... 1968!


Um ano mágico para a História, 1968, onde a voz da juventude era embalada pelas musicas de Jimi Hendrix, Janis Joplin e Beatles. A guerra no Vietnã provocou protestos pelo mundo. A morte de Martin Luther King, o assassinato de Bob Kennedy (candidato a presidência dos EUA). As manifestações estudantis na Espanha, França e Itália. A extinta União Soviética invade a Tchecoslováquia, colocando fim ao movimento por um socialismo mais justo, a Primavera de Praga.

No Brasil, acontecia a marcha dos cem mil, contra a ditadura militar. Os ideais jovens eram embalados pelo refrão “Vem vamos embora/ Que esperar não é saber” de Geraldo Vandré. O tropicalismo liderado por Caetano Veloso. A cultura hippie com seu Paz e Amor, o mundo girava feito a roda-viva de Chico Buarque e a decretação do AI 5 - Ato Institucional n° 5. E ainda havia a guerra fria, entre Estados Unidos e União Soviética.

Em meio toda essa ebulição de fatos, eis que em Julho, inverno no hemisfério sul – austral - eu chego. Mesmo sem conhecimento do que acontecia e o que tudo aquilo representaria para a História, eu passo a ser parte dela. Um ano pra chamar de meu! Coincidência?

Dos idos de 68 até então, sou a parte viva dessa História. E tantas coisas me aconteceram pelo caminho.  Apesar das agruras da vida, dos percalços da existência, das tristezas e alegrias, dos acertos e equívocos, das quedas e ascensões, dos sorrisos e lágrimas, sobrevivi!

Do pouco que vivi, do quase nada que aprendi, sei que são outros tempos, novos anseios, urgências e perspectivas. Mas os sentimentos, ainda bem, continuam os mesmos. Dos amigos que amealhei nesse percurso, alguns ficaram pelo caminho, outros se perderam numa dessas bifurcações do destino. E os que restaram (são incríveis), eu quero ter outros tantos, ainda. Entre os amores que vivi, alguns eu apenas sonhei, me achei, me entreguei. Também me perdi, errei e penei. Quem sabe se seria amor? Quantas vezes fui ridículo e ainda sou. Como dizia Nelson Rodrigues: “Somos ridículos quando estamos apaixonados”.


E, apesar dessa solitude que hoje me acompanha, posso sentir as variadas formas de amor que vem expresso no carinho, atenção e admiração daqueles que me acolhem. E isso me faz viver intensamente os dias até a inevitável finitude, da melhor maneira. O calendário que me aguarda é curto, sei. Mas por ser integrante e um sobrevivente da História só tenho a comemorar por ter nascido em 1968!

ecobueno16