quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ecoo


Eu falo, eu canto, eu calo
Eu observo, eu sigo, eu velo
Eu ouço, eu soo, eu ecoo
Eu me disperso, eu voo, magoo
Eu me regalo, me alento, contento
Eu choro, eu grito, soluço
Eu ando, eu corro, impulso
Eu maldigo, eu oro, medito
Eu anseio, eu desejo, teu seio
Eu peço, teu colo, teu beijo
Eu sonho, eu imagino, vagueio
Eu sou a cria, crio, semeio
Eu sou amigo, homem, menino
Eu ignoro, acredito, quero
Eu sou ser, sendo seu ser, te espero

Ecobueno

Sêmen-te


Um simples grão atirado ao chão
Germina, cresce, floresce, botão
Flores e frutos, multiplicar-se-ão
Antes terra nua, agora jardim, tão

Uma simples gota, do amor, explosão
Germina, cresce, envaidece, conclusão
A espera, o nascimento, multiplicação
Antes corpo virgem, agora mais vida, emoção!


                      Ecobueno

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Blue Eyes



Your Eyes
When the darkness night
Takes the daylight

 
In the sky
The moon
That shines
Your blue eyes


Ecobueno

           

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Como Postar comentários no blog.


     Quando criamos e publicamos um blog, ele tem funções bem distintas de uma rede de relacionamentos (orkut, facebook, etc).Tem a finalidade de intergarir com um público que possa vir a ter interesse no que está sendo publicado. Isso faz com que ele fique mais interativo e possa ser de grande valia para aqueles que o frequentam.

Parabéns - Isabella!

Vinte de fevereiro, nosso:
Presente!
Hoje quando o sol surgir
Reluzindo no firmamento
Não será um simples dia a se abrir
E sim o advento
Desse contentamento
Feito a magia do florir
Brotará semente
Que nosso jardim irá colorir
Dia tão fundamental
Uma data que, feito pétala
Uma a uma irá se abrir
E lindo ser nos revelará
Raro presente, linda flor
Seu nascimento, Isabella!

Ecobueno

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Beatriz! (Dezenove de Fevereiro)

 

Meados do mês de fevereiro
No céu clareia, a Lua cheia
Tão menina e tão faceira
Baila no infinito, pés de anjo
Do ventre desponta
Ser que divinamente encanta
Nasce uma estrela
E sua luz irradia
Sempre, noite e dia
É o inédito que se revela

Da sêmen(te), fez-se raiz
Brotando em nossas vidas, Beatriz
Dezenove do mês de fevereiro
A boa nova se anuncia
Quanta luz, tanto brilho
Pele rosada, cor magia
Tão pequenina; grande alegria!
 Agora sabemos, sem ti nada somos, Bia!
Ecobueno

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Entoar



Ah, se os versos que escrevo tivessem a força da canção
Que entoa, cria forma, entorna e vibra em teu coração

Ah, se o que escrevo tivesse a força dessa ressonância
Que ecoa em teu peito, tambor, traduzido em lembranças

Ah, se esses versos fossem tal qual as trilhas sonoras
Que toca no filme dessa vida, sua, de emoções tantas

Ah, se as palavras arrumadas em rimas, tivessem a força do bis
Que toca repetidas vezes, para reforçar o que se diz

Ah, se essas frases versadas ou não, tivessem tanto poder
Que febris transbordariam dos lábios teus, tons de puro prazer

Ah, mas o que escrevo não são musicas, apenas palavras
Que dependendo da leitura, entonação, serão desprezadas

Ah, esses versos meus são iguais ao vento, apenas
Que vem de mansinho sopram e desgrenham suas melenas

Ah, que pena ser assim brisa, que vem e de súbito vai
E não tocam em ti como as canções, que fixam e atrai

Ah, quando será que meus versos irão musicar seus dias
E essa brisa será tão essencial feito canções, no enredo da vida?

Ecobueno

Ninguém




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 





Ninguém é tão perfeito
Que nunca necessite de ajustes
Ninguém é tão triste
Que nunca tenha dado um sorriso
Ninguém é tão sombrio
Que nunca tenha um brilho nos olhos
Ninguém é tão sábio
Que nuca tenha algo a aprender
Ninguém é tão sozinho
Que nunca tenha tido o afago de alguém
Ninguém é tão adulto
Que não tenha algo de criança
Ninguém é tão insensível
Que nunca tenha guardado um segredo
Ninguém é tão abstrato
Que nunca tenha sido entendido
Ninguém é tão imperfeito
Que nunca tenha o seu encanto
 
Ecobueno04


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Quarta-Feira-de-Cinzas

Agora que essa utopia coletiva chegou ao fim, o carnaval, e até o próximo, serão longos doze meses de espera, é hora de refletir um pouco. Essa representação da alegria tão explicita que vem contrastar com a realidade de uma sociedade, onde a maioria vive as custas de muitas dificuldades e necessidades, revela o grande abismo entre o luxo e o lixo.



Mas como dizia Joãozinho Trinta, grande carnavalesco, “o pobre adora o luxo e o rico ama o lixo”. Talvez por isso seja uma festa amplamente comemorada (pulada) e comentada, não só aqui no Brasil, mas também em muitos outros países. Afinal é a democracia estampada nas diversas fantasias. Onde cada um se mostra como gostaria de ser. Será?

Essa é a mais perfeita explicitação dos paradoxos. Como dizia o incomparável Gilberto Gil no refrão de uma de suas belas composições, “Ó mundo tão desigual/ tudo é tão desigual/ de uma lado esse carnaval/ do outro a fome total”. E tudo parece se resumir na quarta-feira de cinzas. Cinzas que é a consumação do fogo. O fogo é sinal de vida ativa que passa de brasa a cinza. O pó para o qual tudo tende. Todo carnaval que é metaforicamente fogo e que termina metonimiamente na quarta-feira de cinzas.

Essas manifestações desprendem muita energia e uma grande movimentação de pessoas para o nada. Pois tudo não passa de uma comoção coletiva e fútil, para não dizer inútil. Afinal, no restante dos meses do ano, simplesmente aceitamos as malfeitorias, somos coniventes com as falcatruas, incompetências e malandragens de nossos políticos, rimos do escroto, não nos importamos com a indiferença para com os “diferentes. Parece que no carnaval tudo cabe, pois ele é a celebração daquilo que não deve ser levado a sério.

Ao chegar o fim de uma festa onde a fantasia, muitas vezes, serve para esconder o real, ou até mesmo desnudar aquilo que se esconde o ano inteiro, poderia sugerir que lavamos a alma extravazando nossas alegrias, sentimentos, mas na verdade revela o quanto podemos ser manipulados ao bel prazer. É só observarmos no que se tornou essa grande manifestação, que antes era popular e hoje é meramente comercial. Que o país só começa a “engrenar” (trabalhar) de verdade depois da quarta de cinzas. Principalmente nos serviços públicos, como o exemplo maior temos as casas legislativas, entre outros, afinal ninguém é de ferro, é preciso se divertir, é carnaval. E assim o brasileiro se ilude.

Mas a maior representação dos paradoxos é que tudo se permite, ninguém é de ninguém e tudo vai bem. Mas aí é que vem o outro lado. Tudo é permitido desde que você curta e aprove, mas se você não curte, ou critica essa “grande festa”, recebe a reprovação nos olhares, caras e bocas, como se estivesse em outro planeta. Onde está a liberdade de expressão que tanto se prega? E aí, você pulou, se divertiu nesse carnaval? Não?!?! Em que planeta você vive?

O carnaval não deve acabar, afinal é uma grande brincadeira, mas o que se faz dela atualmente é que deveria ser repensado. Uma festa que antes tinha a participação de todos, as marchinhas nos bailes de salão e a garantia de diversão, não poderia se transformada nesse grande vale tudo, onde nada tem limites.


Ecobueno13

Por que Morremos?

 Uma das coisas que não gostamos de falar é que, todo dia morremos um pouco. Não é algo agradável de se falar, mas convivemos com isso todos os dias. Tinha uma frase que minha avó sempre dizia, “se não está remediado, remediado está”. Então, dia menos dia iremos nos deparar com essa realidade: O apagar das luzes.

Mas qual será o motivo em que relutamos tanto para entrar nesse tipo de detalhe? Isso mesmo, detalhe, pois temos tantos momentos magníficos, o nascimento, o aprendizado, o amor dos pais, os amigos, saúde, trabalho, e tantas coisas que já valeriam esse viver, então não deveríamos ter medo de falar a respeito. É estranho escrever sobre isso, algo que a gente não quer, mas é real. Por que morremos?

Essa é uma pergunta que não gostaríamos de fazer e tão pouco responder. Todos preferem o “Por que vivemos?”. Mas a verdade é que morremos um pouco a cada dia. Eu morro um pouco cada vez que um novo ano se inicia, a cada aniversário. Também morro quando vejo tantas mazelas desses ditos nossos representantes políticos, a cada notícia de atentado a bomba, seqüestro, mortes banais e essa arrogância dos poderosos para com os menos favorecidos. Uma célula em mim é assassinada a todo instante.

A cada dia sinto que a idade avança, essa linda juventude será apenas uma lembrança do passado. Quando a idade apertar, se é que chegarei até ela, lembrarei que jamais sentirei pulsar novamente um seio jovem em minhas mãos, e que a agilidade que tanto me gabava, não a terei mais. Por isso a cada dia, morro um pouco.

Morro um pouco a cada dia, ao ver essa juventude sem perspectiva, tão consumista, só querem ter, e tão alheia ao viver ao ser. Morro um pouco a cada dia, quando ouço essas musicas, se é que se pode chamar de música, isso que nos empurram ouvidos adentro e, acreditem, é o som do momento, está nas paradas, as dez mais, etc. Assistir tanta banalidade na tv, programas que exploram a miséria humana, novelas intermináveis que mostra o quanto é fácil trocar de amantes, o quanto a vida é fútil. Revistas que evidenciam os artistas e suas casas chiques, automóveis de luxo, viagens, posses, e deixam a alma tão vazia. Riquezas conseguidas ás custas dos fãs tão pobres que economizam para poder comprar um  CD, roupa, calçado, e tudo o mais que tenha a marca do ídolo. Morro ao ver que os estudos são desprezados por carreiras meteóricas, onde o ser famoso é mais importante que ser culto, critico, inteligente, humano.

Morro a um pouco a cada dia, ao lembrar do abandono, da falta de carinho, do tão esquecido beijo na boca, do sexo com amor e respeito. Essa vertiginosa busca por mais e mais prazeres e menos emoção e sentimento verdadeiro, temos que ser uma máquina sexual, sensual, etc e tal. Esse estado de letargia que toma os casais e que levam à rotina, a falta de compreensão para com os “defeitos” alheios como se fossemos todos perfeitos.

Morro um pouco a cada momento quando lembro que nunca mais recebi um oi de um amigo tão querido, quando envio cartas e elas retornam com o endereço errado. Quando me recordo que um dia dei o meu amor e ele jamais foi correspondido e essas lembranças ainda corroem a alma. Morro um pouco a cada dia quando sinto que posso tocar nessa imensa solidão e provar o silêncio. Os entes queridos que se vão, as crianças que crescem e não querem mais passear com os pais caretas, os tios ultrapassados, melhor andar com a “tribo”. Sair para as baladas, festas, diversão... tudo vão.

Morro um pouco a cada dia quando paro nos sinais e vejo uma criança pedinte, qual será o seu  futuro? Quando ando nas ruas da cidade e lá estão tantos andarilhos e mendigos, que nada mais são que minha imagem e semelhança. Quando olho nos suntuosos palácios, prédios todos em mármore com suas marquises frequentadas por pessoas maltrapilhas se escondendo do frio, da chuva e sequer possuem um canto para se aquecerem. O paradoxo da riqueza e pobreza.

Morro a cada dia porque sou simplesmente humano e estou aqui apenas para cumprir o ciclo da vida, “crescei e multiplicai”.  Morro a cada dia, mesmo não querendo. E cada ano que passa isso se torna mais evidente nas recordações, no reflexo do espelho. Morro, a cada instante um pouco, e nem por isso deixo de ter esperança no viver. Morro sim, como todos morrem, envelheço sim, e isso não me preocupa, pois o mais importante é acreditar que ao vivermos cumprimos nosso papel e quando chegar o momento, das luzes se apagarem e as cortinas cerrarem, haverá sempre uma nova vida, que continuará o que planejamos.

Então antes que isso aconteça, melhor ouvir melhores músicas, ler bons livros, ir ao teatro, ao cinema não como meros expectadores e sim como formadores de opinião. Ler uma coluna de jornal e debatê-la. Mesmo não sendo poeta ou escritor, escreva ao menos uma carta de felicitações, ou um simples “oi, como vai?”. Nunca perder o endereço do amigo querido. Mesmo que os “amores” do passado se forem, lembre-se que eles um dia foram atuais, então melhor compartilhar com outro alguém, um novo amor, sem medo de ser feliz.

Antes que o tempo nos leve, melhor fazer uma criança sorrir, dar um pouco de alento á quem precisa, dar um abraço carinhoso sem cobrar nada em troca. Se possível, dê um presente á um órfão, mesmo que seja apenas sua companhia. Escolha melhores amigos. De um beijo demorado em seu companheiro (a), e recorde o quanto era bom namorar. Brinque mais, sorria mais, trabalhe menos, não diga que precisa sempre de mais dinheiro, torne o que tens o suficiente para o seu viver. Viva mais, porque morremos um pouco a cada dia, e nada volta atrás.

Sei que morro um pouco a cada dia, mas quando as luzes se apagarem e as cortinas dessa vida cerrarem, valerá ao menos ter vivido esse pouco tempo que tive aqui, intensamente, e saber que ao menos eu fui feliz, por te conhecer.
Ecobueno

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Chile


Detalles de la Vida

 

Dia mezclado con una contidad justa
De viziones cativantes y sueños
Muchas luzes de colores incomparables en cielo

Pasajes únicas en nuestra caminada
Estoy a millas de distancia neste vuelo

Pero con una conbinación perfecta de la vida
De docis exactas de tudo que és bueno

En tierras distante de mi patria voy
Continuo lembrando de ti e do que soy
 
Ecobueno



domingo, 10 de fevereiro de 2013

D' Onde


D' onde vem o vento
P' onde vai o tempo?
D' onde vem a brisa
Que abranda e suaviza?

D' onde vem os assombros
P' onde vai a realidade?
D' onde vem os desencantos
Que provoca tanta disparidade?

D' onde vem o medo
P' aonde vai a coragem?
D' onde vem as incertezas
Que perdido, nos fazem?

D' onde vem o gostar
P' aonde vai o querer?
D' onde vem o desdenhar
Que nos traz tanto sofrer?

D' onde vem o dessabor
P' aonde vai o verbo amar?
D' onde vem esse torpor
Que traz tanto penar?

D' onde vem os desencontros
P' aonde vai o amor?
D' onde virá o acalanto
Que trará alivio p' dor?

Ecobueno

sábado, 9 de fevereiro de 2013

De Menina a Mulher


Vendo as crianças crescerem, num mundo onde tudo parece correr rápido demais, fico sem entender porque muitas coisas não mudam na mesma velocidade. Ainda mais ao que se refere ao tratamento com as meninas.


Elas passam por várias transformações ao longo da vida e são responsáveis por tantas belezas, não apenas físicas – que muitas vezes a prejudicam - mas principalmente sentimentais, que fica difícil entender o porquê de tantas cobranças. São sempre responsabilizadas, desde o comportamento até as tarefas diárias e por coisas (abusos; por exemplo) que por ventura possam a vir acontecer com elas.


Acho - pois não posso sentir fisicamente, infelizmente - que se sentir e viver mulher é algo único, divino e engrandecedor. Cientificamente falando, está comprovado que o corpo feminino é duas vezes mais resistente que o masculino. Por isso elas suportam a dor do parto. Mesmo não gerando, a mulher tem essa coisa indescritível que é o dom e a capacidade de ser mãe. Algo sublime e que transcende uma explicação do feminino.


Ser menina-mulher é passar da inocência para a descobreta do que é a vida. Os medos os anseios, tudo vem mais forte com as mudanças hormonais. Mas também é a chegada da transcendência das habilidades mais apuradas, é viver um novo sonho a cada amanhecer, é encantar, não só pela beleza, mas pela sua representatividade. A capacidade de se reinventar rapidamente. É ser intensa e superficial quando for preciso. É saber com harmonia e sensibilidade, encontrar a saída diante de situações difíceis. É ter essa sutileza única, feminina.


Tudo isso deve ser tão difícil e desesperador, ás vezes, ainda mais numa sociedade tão egoísta e machista. Mesmo que se diga que muita coisa mudou, sabemos que por questões e razões culturais, o machismo ainda é predominante. Vivemos numa cultura patriarcal, onde o papel masculino é de dominador.


Quantas meninas que por descuido, imaturidade, falta de conhecimento, base familiar, dentre tantas outras carências, acabam fazendo algo que não “é coisa de menina”, e por isso recebem toda a carga de recriminação e responsabilidade, por uma coisa que não se pode fazer sozinho? Se por ventura ela engravida, é um “Deus nos acuda!”, pois o menino não tem culpa, afinal está no papel de homem.


Muitas vezes vemos pais que por não se importarem, se conscientizarem, ou por pura ignorância, incentivam a sensualidade em suas filhas ao ouvirem certas músicas com letras pejorativas, assistirem programas impróprios, etc. Outros incitam seus pupilos a serem machos, pegarem todas, sem ensinar que o respeito cabe em qualquer situação, que a responsabilidade é mutua, e que a figura materna também é uma mulher.


Sempre cabe a figura feminina saber se pôr no seu lugar. Até nas brincadeiras é assim. Não pode brincar na rua, de bola, carrinho, pois são brincadeiras de menino. As repreensões como, não seja vulgar, arrume o vestido, essa saia está muito curta, sente direito, etc. Mesmo que se diga que muita coisa mudou, ainda é evidente que os costumes machistas continuam arraigados. É triste!


Quem sabe um dia, não muito distante, tudo isso muda. Quero ver essas crianças passando de meninas a mulheres sendo o que elas são de verdade, belas, fortes, libertas, sonhadoras, criativas, encantadoras, plenas e corajosas. Sem que o passado seja um peso sobre seus ombros. E assim possam tomar seus lugares que lhes são de direito.
Ecobueno

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O Lado Escuro Das Redes Sociais




Não podemos negar o ganho que a tecnologia nos trouxe. Para ilustrar o quanto isso é verdadeiro é só ver a amplitude que o advento da internet se tornou. Está claro na disseminação das chamadas redes sociais, onde a velocidade com que se trocam mensagens, imagens e afins é absurda.
Mas como nem tudo são flores, podemos dizer que a internet trouxe as ruas para dentro de casa. Quando éramos crianças, a internet não fazia parte do nosso cotidiano. A rua era nosso playground. Quando iamos brincar, a recomendação era para que não falassemos com estranhos. Um jeito simples e eficiente de não entregar dados importantes a qualquer um. Era a maneira que nossos pais encontravam de nos avisar e proteger dos perigos e armadilhas do desconhecido.
Com o advento da internet, dos telefones celulares e outras maravilhas eletrônicas, parece que os conselhos dos nossos pais não fazem mais sentido. Não é bem assim. Hoje a criança começa muito cedo a desvendar os segredos do mundo através de uma tela. A criança aos quatro anos já usa o computador, aos nove ganha um celular e aos trezes já esta nas redes sociais. E devido á tenra idade, tornam-se presas fáceis para todo o tipo de golpes e malefícios que existem nesse mundo virtual.
Sem qualquer malícia se expõem nas redes de relacionamentos, com seus dados pessoais, locais que frequentam, por onde andam, o que fazem, fotos e “perfis” sempre atualizados, videos altamente sensuais de si, dos amigos e parentes. Isso vai na contramão do que diziam nossos pais. Pois de certa forma, eles estão falando com e para estranhos.
Algo muito corriqueiro são  casos de pessoas (casais) que registram, para perpetuar seus momentos de alegria. Para mostrar onde estavam,  com quem saíram, brincadeiras no banho e até suas intimidades. Porem numa numa eventual briga, separação, vingança ou até mesmo por ingenuidade, esquecimento, deixam que esse material caia em mãos estranhas e pronto, vai parar nas redes sociais. E hoje, na velocidade com que essas informações se disseminam, o estrago pode ser irreparável. As consequências podem ser devastadoras.
Mas o que leva a pessoa a se expor num veículo tão amplo quanto a internet? É no mínimo intrigante e preocupante. A quantidade de pessoas que fazem isso é espantosa, e muitas vezes sem o menor conhecimento. Se até os adultos fazem e depois se arrependem, imagina as crianças e adolecentes. É a magia ou a maldição da tecnologia?

Por isso é necessário ter o maior cuidado com o que seus filhos estão fazendo em frente ao computador. Ele é uma janela aberta para um mundo totalmente desconhecido cheio de segundas e infinitas intenções. Sexo, pedofilia e tantos outros crimes cibernéticos.
Não é preciso ficar proibindo ou vasculhando o que ele(a) faz na internet, feito um detetive, mas é necessário acompanhar de forma amigável, porem objetiva para poder orientá-lo da melhor maneira, afim de que não venham a sofrer com qualquer surpresa desagradável no futuro.
Mas qual foi a ultima vez que você, pai, mãe, avô, avó, tio, enfim, responsável, teve uma conversa de amigo com seu filho e o ensinou a não falar com estranhos? Esse é o desafio de aliar educação e tecnologia.
Ecobueno13


Nada!



Um dia,
Acreditei, que se amasse bastaria
E que a solidão jamais me acompanharia
Ser feliz, quem sabe, seria

Que nada!
Um belo dia, tudo muda
A realidade, no peito explode
Nua e crua: a partida
Esperança, simplemente morre

Um dia,
Quem sabe, poderia
Outra vez, olhar lá fora
E ver brilhar na escuridão, uma estrela
Findar a tristeza e reacender a glória

Que nada!
Como acreditar novamente
Que tudo pode ser diferente
Se vier a descobrir, certamente
Quem és: Nada!

Ecobueno



domingo, 3 de fevereiro de 2013

A Evolução Do Ser! Será?

Tantas décadas, épocas que passaram, enfim. A lembrança do que eramos e no que nos tornamos, apenas para ser o que se achavamos o que deveríamos ser. Como escreveu Shakespeare, “Be or not to be”.

O tempo passa, as coisas mudam, os costumes e principalmente a moda. O que é moda mesmo? O ser ou não ser, hoje é ditado pelos “especialistas” da mídia. Antigamente quando a tecnologia não tinha tanta penetração como agora, parecia que tudo mudava mais lentamente. Nada contra a tecnologia, afinal ela nos trouxe muito mais benefícios, que malefícios.

A tv em quase cem por cento dos lares. A Internet, uma ferramenta espetacular, capaz de integrar vários povos, apesar das várias vertentes. O telefone celular que nos dá tanta mobilidade. É quase impossível ver alguém que não o tenha. Essa magia manipulada por teclados e controles remotos, não nos ensinou a termos consciência de que o mais importante ainda é o ser humano. Isso não ajudou a melhorar nosso conceito humano e cultural. O próximo se tornou alguém muito mais distante, um competidor nessa guerra do ter para ser.

Com esse ganho de facilidades tecnológicas, que jamais havia imaginado em minha infância, onde o que tínhamos era um quintal enorme, quase sem fronteiras, onde podíamos brincar, gastar as energias, numa maneira mais próxima de integração. Posso dizer que éramos felizes por isso. Sim, hoje ganhamos em tecnologia, mas perdemos o calor humano.

Quase tudo o que assistimos e absorvamos nessas mídias e redes sociais, não primam pela qualidade, e tão pouco pela inteligência. O que vemos são tecnologias que querem apenas lançar tendências. Nada que possa ajudar nas discussões e formação de opinião. Na maioria o que se tem são músicas de qualidade duvidosa, livros sem conteúdo, programas que primam pelo mau gosto e futilidades que valorizam a busca pela beleza a qualquer custo. Dessa forma os lucros são maiores.

O melhor exemplo disso na TV é essa disputa por alguns momentos de fama, esses reality shows que batem recordes de audiência. Pessoas trancafiadas dentro de uma casa, sendo observadas vinte e quatro horas por dia, tendo que conviver entre si e ao mesmo tempo disputar um prêmio em dinheiro e uma exposição na mídia. Chega a assustar esse  voyerismo degradante.

A internet, essa ferramenta impressionante e revolucionária, é banalizada. O uso  livre e indiscriminado das redes sociais, onde o que vale é ser visto como se fosse uma revista virtual (Caras do pobre). Não existe uma discussão plausível que levante um tema, um assunto que realmente valha. Não raro, se você discorda dos assuntos ali postados, você é discriminado e ignorado. Se torna um estranho no ninho. É deprimente.

Acredito que um dia veremos tudo isso melhorar. Creio que teremos jovens mais antenados, politizados e com autocrítica, capazes de fazer a diferença sem essa manipulação e modismos, tão nocivos para o crescimento de um povo. Ao menos eles terão décadas melhores que essa que estamos tendo.

Como Freud passou, esses modismos atuais hão de passar, “ Ninguém é de ninguém, na vida tudo passa...” já cantava Cauby. E tempos atrás diziam que o império soviético era indestrutível por intrinsecamente totalitário e coisa e tal. Passou! Acredito que tudo isso de ruim que temos hoje passará. Ou quem sabe acabaremos em um enorme divã, como era na época de 50 e 60, onde pensava-se que tudo poderia ser resolvido em uma sala do psicanalista. Era mais um modismo. Pois é, quem viver verá.
 
 Ecobueno13 
  

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Trilha Sonora


“Hoje é o dia/ Eu quase posso tocar o silêncio/ A casa vazia, deixada pela sua ausência/ Me fazem companhia/ As coisas que você não quis.”
 
Que ironia, esses versos da música do Capital Inicial, reflete o meu cotidiano. Quando chego em casa o que me espera? O silêncio que me fala. O vazio que me preenche. A ausência que me abraça. A solidão que me acompanha. A escuridão que me ilumina.
 
Lembro, em meio à solidez dos versos, o quão frágil pode ser o sonho. Tentei, dentro das minhas limitações (masculinas), realizar sonhos comuns, mas fracassei. O melhor que pude fazer, não foi o suficiente. E o que restou foi a solitude das desilusões.
 
A companhia que me resta é essa das coisas que ficaram para trás (feito eu), rejeitadas. Até mesmo a febre que me arde não é física e por isso nem pode ser medida pelos termômetros, e sim sentida pelas lágrimas que rolam e se acomodam salgadas entre os lábios há muito frios.

Enquanto a música se desenrola, um turbilhão de lembranças, feito um cicerone me leva ‘as lembranças dos toques sutis que só são possíveis quando se é par. Das trocas, dos segredos confabulados, dos momentos únicos, da vontade de construir em uníssono, o futuro . Então, tais pensamentos me jogam no olho de  um avassalador, furacão.
 
Ah, músicas, porque habitam meus pensamentos? Hoje vocês são a trilha sonora de um filme que gostaria, quiçá ter assistido, porém, perdoe-me a sinceridade, jamais ter protagonizado! Pois cada nota, cada compasso, cada acorde, cada refrão, cada verso, ecoam em meu peirto, feito um tambor surdo e descompassado, nesse imenso vazio chamado saudade, que arde e queima e eu não posso mais fugir.
 
Ecobueno13

Útero!

Terra curtida
Fértil
 
Onde se aloja
Sêmen(te)
 
Dilata com o tempo
Crescente
 
Entre dores e sorrisos
Expectativa 

   E numa explosão
Divina 
 
Simples emoção
Vida!




Ecobueno

Presente (aceitas?)


 
Eu quero simplesmente
Te dar um presente
Pode ser uma simples frase
Ou um poema com teu nome
 
Eu quero simplesmente
Te dar um presente
Uma rosa que se abre
No tempo que a gente regue
 Eu quero simplesmente
Te dar um presente
Na primavera do hoje
E no amanhã da vida que segue
 
Eu quero simplesmente
Te dar um presente
Igual a que nos dá a sua semente
Essa primavera constante
 
Eu quero simplesmente
Te dar um presente
Um novo aroma, perfume
Que ao seu corpo, iguale

Eu quero simplesmente
Te dar um presente
Algo que reinvente
E que te faça mais contente
 
Eu quero simplesmente
Te dar um presente
Retribuir o nosso presente
A sua alegria, estrela cadente
 
Eu quero simplesmente
Te dar um presente
Retribuir esse bem que a gente sente
Que és tu, mulher, aqui presente
 
Ecobueno