sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Conto, Natalino?



A proximidade do fim de ano traz a tona o espírito avaliador do que fizemos até então. As festas de confraternização que tomam o imaginário, os enfeites, as luzes (poucas é bem verdade), as musicas típicas, dão o tom, não tem jeito, nos leva ao inevitável balanço.

Então buscamos no calendário da memoria, no amontoado de dias que compõe o ano, contabilizar o saldo, material. O que não chega a ser algo extraordinário, afinal estamos inseridos num contexto social, direcionado para o mercado de consumo, onde muitas vezes a máxima é ter pra ser, esquecendo a essência humana, as emoções.

Ainda bem que a atmosfera impregnada de significados, me ajuda, ao menos por um tempo, a fugir desse estereótipo consumista. É momento de fazer o exercício de interiorizar as conquistas que não tem valor econômico, mas um grande valor sentimental.

Tive muitos momentos onde as dores físicas (devido aos cálculos renais) invadiram dias, noites, semanas inteiras e até meses, que só foram aliviadas com medicamentos fortes, ou após intervenções cirúrgicas de urgência. Mesmo nesses momentos tive o melhor, pois a companhia, o apoio, a mão estendida, fez com que eu os transpusesse as dificuldades e tivesse um ganho bem maior que pudesse imaginar. 

As noites insones, que não foram poucas, bem como a caminhada ainda que solitária, o vazio dos sentimentos a dois, deixaram o legado de alguns escritos que me lançaram a experiência das letras. Os ganhos financeiros não vieram, mas a grata surpresa de ter meus textos visitados em meu blog*, apesar de ser um número pífio para os padrões cibernéticos (12 mil visitantes), me fez acreditar que mesmo num mundo onde a literatura e o gosto pelas palavras, ficam aquém dos vídeos fúteis, das musicas de gosto duvidoso, dos games alucinantes, das dancinhas que viralizam, ainda assim sou lido. Ou seja, ainda vale a pena escrever, tentar humanizar os sentimentos, dores, alegrias, tristezas, solidão, carinho, amor, amizade, em forma de literatura.

Sei que 2016 foi um ano atípico, mas eu consegui o objetivo maior, mesmo com todas as dificuldades, financeiras, sentimentais, emocionais e físicas, atravessa-lo e posso dizer aos que estão ao meu lado e aos que me leem, muito obrigado, boas festas e feliz novo ano.

ecobueno16


*ecobueno.blogspot.com.br

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Novo Dia



 
Ver de novo o verde novo
Que brota na esperança
De cada amanhecer
Onde o tom, a cor, o brilho
Refletidos nos seus olhos
Revelam o dom da vida.

ecobueno16

terça-feira, 18 de outubro de 2016

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Sutil






  
Na varanda dos seus olhos
Amanhece o dia!
O que mais pode ser tão belo
Senão a vida que espreitas?

ecobueno