domingo, 28 de novembro de 2010

Próximo do Fim

Está acabando, a rotina de ir às aulas todas as noites, o encontro com ínumeras pessoas com seus anseios, medos, desejos e alegrias, que buscam um bem comum.

Agora que estamos na reta final, mesmo com as dúvidas que restam, estamos a um passo,de vermos os esforços darem resultados.

É muito satisfatório saber que conseguiremos o nosso obejetivo, terminar o curso superior.

A única coisa que me deixa assim, retissente, é ter que me acostumar com a ausência dessa rotina, que de uma forma ou de outra, nos trará a falta dos amigos.

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão".

E esse final de curso, sem dúvida alguma poderá nos trazer isso, a solidão. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Que pena...

Eco

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dúvidas

Tô, não Tô
Vou, não vou
Sei o que sou…
Sei o quê? Não sei...
As imagens que tenho
São diferentes das quais me vêem
Mas o sentimento que oculto
Não é diferente, nem obscuro
É cristalino, verdadeiro
A mim tudo parece
A ti, o que percebes?
Em mim, és assim
Infinito, azul, mar
Em ti, sou, enfim
A incógnita, o advento

Ecobueno2010

Dança das Cores

Fim de noite, um recomeço
(Dança das cores)

Nesses tempos de aridez que toma a alma e faz nascer um deserto de sentimentos. Onde a correria e a rotina diária tornam as pessoas assim um tanto quanto distantes e reticentes, é tão bom quando há essa elevação de gestos simples e verdadeiros que revelam o outro lado, um oásis florido, alegre e vivo!

Ultima sexta feira de outubro, nenhuma data em especial ou uma comemoração específica. Apenas mais uma noite que transcorreria normalmente, rotineira. A única coisa que tínhamos era a temperatura amena e agradável denunciando essa explosão inebriante de cores, aromas e sabores, que desperta em nós o espírito primaveril.

Espírito que nos faz, ao menos nesse tempo, baixar o escudo criado ao longo dessa estiagem, nos tornando, de certa forma, rudes e avessos aos sentimentos mais simples. E essa umidade e o frescor se exprimem em tons e sobre tons anunciando a boa nova em nós.

A simplicidade que nos faz lembrar do quanto é bom caminhar por caminhos salpicados do verde musgo das folhas que com o vento foram ao chão. Simplicidade que se alimenta desses olores que preenchem os ares e se refestela na magia dessas inúmeras pétalas que despontam e se equilibram em caules flexíveis. Simplicidade que se mostra em gestos, sorrisos, palavras, olhares eternizados em flashes de memória.

Noite sem luar? Pouco importa, pois sabemos que a luz mais importante nesse momento é a que vem de cada um. O cenário pode não ter as nuanças e matizes captadas num quadro de Monet. Nem a trilha sonora é a mesma composta por Beethoven, mas as notas compostas pelas cordas vocais de cada um é a mais bela de todas as sinfonias. Nem as histórias ali contadas podem ter o mesmo enredo e a clareza de um livro de Flaubert, mas cada uma delas é tão ou mais importante. Nem os personagens podem ser tão interessantes e marcantes como num livro de Machado de Assis, mesmo assim são fortes e vibrantes.

Um lugar comum, uma noite qualquer, após um dia cansativo, pouco importa, o que vale mesmo é o significado. E nesse cenário, o mosaico de luzes e cores vai se formando em mais um capitulo inesquecível desse livro, com enredo das pulsações e reverberações do dom do ser, a Vida! E cada vida que ali se apresenta, contribui com sua parte para completar esse momento primaveril denunciado pelas cores percebidas nas formas originais das flores (pessoas). Um trio inigualável nessa dança das cores: o amarelo, o rosa e o verde.

O amarelo vivo que denuncia a áurea alegre, vibrante e espontânea, ao qual não é possível passar incólume, pois possui luz própria, o Girassol.

O rosa, encanta, acalenta, embala e apazigua os corações, almas e mentes. Apesar dos espinhos tem um ar frágil, porém forte, intermitente. A delicadeza aveludada das pétalas de aroma suave, não deixa dúvidas, a Rosa!

O verde, comum a maioria das plantas e que faz com azul o elo para enfeitar dias griz, se expõem, e se impõem essa eterna esperança, tão importante, verdes mares!.

Eu, ali, apenas um aprendiz de jardineiro, observando, admirando, cultivando e solvendo tão sublimes flores (mulheres) que com suas diferenças completam esse oásis primaveril!

Ecobueno2010