sexta-feira, 27 de maio de 2016

Condenamento Silencioso : (Pré) Conceito




Um dia, a realidade mais sórdida bate à sua porta. Em um comentário corriqueiro, alguém lhe diz que sua maneira de ser, sua vida social, sua predileção, muitas vezes pelo silêncio, bom senso e até sua maneira autossuficiente de viver, eram considerados como um aviso.  Um aviso para que as pessoas tenham cuidado! Cuidado? Sim, cuidado, não para que não dissessem algo que poderia magoá-lo, mas sim com a conotação de perigo. O perigo eminente de ser vitima de algum mau que poderia vir a praticar.

Tais palavras, feito uma bomba atômica, caíram com a força devastadora de incontáveis megatons, arrasando suas convicções. Jogando na vala comum e colocando a prova sua maneira de agir, por ter sido criado onde o respeito com o trato ao semelhante, não importando cor, credo, gênero, idade ou sexo, eram nossos valores corriqueiros.

Sim, era para ter cuidado! Isso soava como aviso. Evitar ficarem a sós. Não aceitar sua ajuda, ombros, guarida, conselhos, enfim, era preciso estar sempre com os pés atrás com suas intenções. Acreditar desacreditando (como se isso fosse possível).

Mesmo assim respirou fundo, não demonstrou reação. Tentou ficar o mais plácido possível. Seguir sua vida. Afinal, depois de tantos anos se dedicando a respeitar seu próximo, mesmo que isso lhe custasse rótulos pejorativos, abandonos, impropérios, piadas desconcertantes, ser taxado disso ou daquilo e que tais, tentou, mas sem muito sucesso se resignar.

No silêncio que a solidão da noite sempre traz, aquilo martelava seus miolos. Seus pensamentos desordenados era o método mais perverso de tortura. Os questionamentos o atordoavam. O que fizera para ser taxado daquela maneira? Qual era o erro em ter suas convicções? Porque será que não ser adepto a certos grupos sociais, mesmo muitas vezes sendo tão deprimentes e machistas, incomodavam tanto assim? Qual seria sua parcela de culpa, por respeitar os espaços dos outros e entender que um NÃO é resposta a ser respeitada? Porque demonstrar tanto afeto, sem cobranças, poderia parecer algo cheio de segundas e más intenções? Se tivesse se apresentado de uma forma e agido de outra, quem sabe? 

Nada, devido sua condição meramente humana, lhe trazia respostas satisfatórias que pudessem acalmar ou indicar uma saída para tanta aflição (ou seria decepção?). E olha que nunca, em quase meio século de vida, tinha feito algo que o condenasse. Restaram as lágrimas. 

Ecobueno16

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Um Ser Especial!

Quando chega essa data (26 de Maio) fico tentando encontrar algo que possa dizer do seu significado e importância. Mas é tão difícil, pois o que representa na micro e macro estrutura de nossas vidas não dá para mensurar.
 
Agostinha
Não é simples falar, expressar, quantificar, de forma convincente o quão importante és. Vieste ao mundo com a missão de encantar e deixar sua marca. Um exemplo de garra, perseverança, humildade, bondade, respeito, união e esperança. Indispensável, não só pela paz que sua presença nos proporciona, mas pelo amor que emana da sua alma. Assim, simplesmente ilumina o caminho de tantos, se tornando naturalmente um modelo a ser seguido.

Um ser que apesar do peso do tempo, das limitações, dores físicas, da grande responsabilidade diária, jamais se entrega, ainda é capaz de nos mostrar o quão necessário é buscar conhecimento para que possamos ter novos horizontes.
Além da beleza de ser mulher é mãe, avó, companheira, amiga, parceira, tem a vocação de levar uma vida, não pautada apenas pela profissão, mas dedicada emocionalmente ao bem estar dos seus. Um dom único, divino.
 
Como sempre, teve e tem a casa e o coração abertos para receber com carinho aqueles que se aproximam, “entrei” para esse mundo (tão especial) de maneira simples, corriqueira, fui me preenchendo de sua presença e hoje, mesmo que não seja biologicamente, ainda assim me considero parte do seu universo. Tirei a sorte grande, me adotei, ganhei uma família e fui agraciado por isso.
E nesse tempo, que corre célere - mais de três décadas se passaram - o que posso dizer é que sou muito grato por esse tempo. Dar-te-ei, não um dia apenas, mas durante os trezentos e sessenta e cinco dias do ano, tempo em que nos cativará com esse maravilhoso presente, sua presença, os PARABÉNS!!!
 
Ecobueno16

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Não Mexam no Meu Naco!



É impossível ficar alheio em meio aos acontecimentos que assolam a agenda publica nacional. Ainda mais quando existe uma discussão superficial, que tende a defender os interesses de determinadas classes em detrimento da maioria. 

Primeiro; não sou simpatizante de partido A, B ou C, até porque são muito parecidos. É só observar que mesmo com essa crise assolando o País, os nossos “representantes” tanto no congresso, como no senado, pouco se importam. Não os vejo abrirem mão dos privilégios como auxílios moradia e paletó, 14° e 15° salários, carros, passagens aéreas entre outros. Muito menos se levantarem contra a vergonhosa verba partidária que tira bilhões de reais dos cofres públicos. Dinheiro que nós, os sem “classe”, “colaboramos” através dos escorchantes impostos.

Segundo; e toda essa gritaria de que o impeachment é “golpe!”? Tudo bem que a “ex-comandanta” teve 54 milhões de votos, mas isso não justifica nem avaliza fazer o que bem entender com as instituições, empresas, fundos e estatais.  Tão pouco aparelhar o Estado com seus simpatizantes, arruinar as contas publicas, desestruturar os serviços essenciais para a maioria da sociedade. Eleger alguns privilegiados, amigos do rei, para agracia-los com verbas milionárias. Isso não é pedalada, é crime! Cabe aqui a reflexão de quem é o “golpe”, afinal. 

Terceiro; após o afastamento da “chefa”, mesmo sendo feito com a participação do judiciário, votações tanto no congresso como no senado, e amplo debate, muitos se recusam a entender que isso é parte da democracia. O que determinado partido custa a aceitar. Agora, querer culpar a Policia Federal, a lava jato, a imprensa ou a oposição, pelos problemas, mesmo estando no poder por 13 anos é chamar a maioria de idiota, para dizer o mínimo. 

Quarto; os ditos movimentos sociais e certas instituições agem conforme o que lhes convêm (ou a quem lhes pagam?) e não com os interesses dos representados. Os sindicatos, antes tão críticos aos governantes em favor dos trabalhadores, hoje estão calados. São 11 milhões de desempregados e eles estão mais preocupados com o desemprego de uma “gerenta”, que por sinal, mesmo após o afastamento não perdeu suas benesses. E os ditos movimentos sociais? Estão mais preocupados com o poder do que ao que rezam suas cartilhas. Não gritaram palavra sequer sobre a corrupção que causou desvios vultosos do dinheiro, que poderia ser revertido em verdadeiras causas sociais, e foram parar em contas no exterior, de muitos “cumpanheiros” e “aliados”.

Quinto; depois da cantilena sem fim, do discurso de “golpe”, mudaram o disco. Agora esbravejam contra os escolhidos, do Presidente em exercício, para os ministérios. Hora os titulares da pasta são investigados pela justiça, outra, são todos brancos, falta mulher. Muitos se diziam a favor da diminuição de ministérios, foi só juntar o Ministério da Cultura com o da Educação e o esperneio foi geral de artistas muito bem pagos, elites da “cultura”, burgueses das artes, tentando desqualificar o atual governo. Mas antes, mesmo com as contas publicas em frangalhos, nada diziam. Será que tem alguma relação com os milhões de incentivos fiscais que foram despejados em shows, espetáculos e afins, sem o mínimo de retorno para a sociedade, do referido ministério? Também quero um ministério!

Sexto; fico perplexo por ver as escolas invadidas pelos estudantes que reclamam direitos. Sim, perplexo por não identificar uma pauta de reivindicações mais concreta, tampouco a discussão sobre o real papel da educação, tão precária em nosso País. Antes eram contra o remanejamento das escolas. Enquanto que o correto seria ter feito amplo debate entre as partes (alunos, professores e pais). Muitas escolas foram depredadas, saqueadas e ninguém foi punido. Sim, não se pode culpar o menor, então que punam os responsáveis por permitirem e até incentivarem tais invasões. Depois vieram as escolas técnicas. Qual era a reivindicação, mesmo? Ah, merenda... É esse o cenário da penúria educacional.

Poderia enumerar outros pontos, porém o espaço é limitado. Porém aqui está uma boa parte das distorções que acontecem. Certos grupos que reclamam e esbravejam sem muito critério e debate, cerceiam os direitos da maioria. 

Sim, infelizmente há roubo, abuso de poder, conchavos, benesses, apadrinhamentos, corrupção, direitos adquiridos “ad eternum”, tantas mazelas que a revolta chega ao extremo e transborda em atos irresponsáveis e até criminosos. Mas se não soubermos filtrar, discutir e exigir os nossos direitos de forma consciente, jamais chegaremos a um ponto, que seja no mínimo comum. 


Sem contar que não basta apenas gritar por ética, transparência e honestidade, é preciso praticá-las. Muitas vezes se corrompe nos pequenos atos. Ao furar a fila, jogar lixo em qualquer lugar, apesar das lixeiras espalhadas pela cidade, estacionar em vagas preferenciais, corromper um fiscal, desrespeitar o idoso, leis de transito, votar num determinado candidato com o intuito de obter vantagem e tantos atos que não são tão pequenos assim. Caso contrário, levantar bandeiras pura e simplesmente, não passará de uma reivindicação rasa para que não mexam no meu naco! 

ecobueno

quarta-feira, 11 de maio de 2016

quinta-feira, 5 de maio de 2016

terça-feira, 3 de maio de 2016

domingo, 1 de maio de 2016