terça-feira, 30 de julho de 2013

Quinze

Algum tempo se passou, até que novamente chegou o seu dia. Isso mesmo, um dia que fez tudo mudar. Tantos acontecimentos nessa trajetória que marcaram na memória.

Desde que no Vigésimo Quarto Dia do mês de Julho de mil novecentos e noventa e oito aconteceu, você. Nesse divisor de águas, seu nascimento, quantos acontecimentos. Noites apreensivas, um resfriado, dor de ouvidos, cólicas, ou até mesmo manha. Ou seja, nunca mais nossas vidas seria a mesma. Havia um novo ser que invadiria e preencheria nossos dias.

E quantos dias se foram até o dia de hoje. Há quanto tempo que nos brinda com a sua luz, vida? Sim, incondicionalmente ficamos mais ricos emocional e sentimentalmente, nesse tempo. Afinal, és um ser, uma dádiva, refletida no brilho vívido desse tenro olhar.

Hoje, quase deixando a inocência da infância, se preparando para uma nova etapa, nos mostra que o tempo, apesar de muitas vezes não aceitarmos, segue seu curso e nele estão contidos tantos momentos que fazem parte, não só da sua, mas também da nossa formação.

De criança outrora, adolescente posteriormente e a vida adulta que bate a sua porta e convida á novas responsabilidades. Essa nova fase, do viver é apenas uma parte dessa longa caminhada que há QUINZE ANOS se iniciou, quando com sua chegada nos brindou.

Na vida, o maior presente que podemos ter é a presença de um novo ser que irá habitar e enriquecer a nossa trajetória do viver. E assim podemos dizer, com muita alegria e ainda saudosos de sua meninice: Felicidades nessa nova etapa, nossa eterna menina ALICE!

Quinze

Esse tempo corre não para
Vai depressa, todo dia o gatilho dispara
Quando percebemos, é outro dia
O ontem é jaz, o novo logo se anuncia

Num dia semente, contida num ventre
Depois rebento tão pequeno, dependente
Hoje uma esperança, adolescente
Amanhã, nova etapa, mulher independente

A vida é assim, inquietante
Passado, presente, futuro, sempre
Seguindo seu curso, pulsante
Não para é simplesmente fascinante

Ontem, hoje, amanhã, vida insiste
Criança, Quinze, de repente mulher
Nessa sequencia podemos dizer
Tu, nosso melhor presente, Alice!

Ecobueno13

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Dia! O Outro Lado


O que mais atormenta quando se tem o silêncio dos pensamentos é a solidão, que grita alto e reverbera com seu eco inconfundível e cortante.

O ano é dois mil e treze, o mês é Julho. Pena, nada parece comover. É mais uma data no calendário. As dores, os dissabores de uma longa caminhada em meio a caminhos espinhosos, fazem desse, apenas mais um dia. Um número que é antecedido e póstero por outro e assim, sequencialmente, inflacionam o calendário nos talhando a doce juventude.
 
O tempo corre sem nos dar tempo. Segue seu curso e o que se perdeu nesse tempo não volta mais. O que mais dói é saber que mesmo tendo passado muito tempo, ainda há tempo para remoer as recordações que esse tempo deixou.

Quando se é jovem, se tem sonhos, um objetivo, um norte, uma expectativa, a novidade que paira diante das indefinições do futuro é algo excitante, e o que se tem é a vontade de comemorar mais uma data. Cada dia inventar novas canções, escrever versos e transcender as emoções para reverenciar as “conquistas” do viver.

Mas, os anos passam. As marcas da alma que na face são impressas a cada derrota é o que mais se destacam quando se encara o espelho. As conquistas ficam em segundo plano e as feridas formam cicatrizes que de tempos em tempos insistem em abrir e secretam lembranças daquilo que não deu certo e, ingenuamente, acreditávamos que poderia ser o que nos levaria ao nirvana dos sentimentos (amor?).

Dia vinte e nove. Isso mesmo. Esse é o dia! Que dia? A única verdade é que o tempo é o senhor dos destinos. Queria ter a mesma grandeza de quando era menino, onde acreditava que a flor amarela de um girassol iria iluminar meus sonhos, sem saber que a realidade às vezes é feito uma rosa, mesmo sendo suave, delicada e colorida, têm espinhos que ferem.
 
O tempo passou, a realidade não tardou. Essa realidade é tão crua e verdadeira que mesmo os mais belos filmes, os mais criativos apelos de uma sociedade movida pela propaganda de consumo, ou até mesmo os versos de Quintana, não poderão apagar tamanha dor.

As sensações intactas, inocentes e verdadeira que orienta os reveses de uma vida (até então) vazia e solitária onde os sonhos foram subtraídos e restaram feridas de realidade, é a doçura contida no sorriso franco de uma criança, mesmo com todos os sentimentos carregados de incertezas, friezas e desilusões que regem minha vida adulta. Ainda comove e faz ter um pouco da alegria de comemorar a conquista de mais um dia. Assim vou seguindo, no tempo dos pequenos e nas lembranças dos entes queridos que acompanham meu caminhar a cada dia.


Ecobueno13