“Uma pirueta, duas piruetas. Bravo!Bravo!”
Quanta magia desses artistas anônimos que com habilidades trazem o espetáculo para mais perto do povo, verdadeiros heróis. Os
intrépidos malabaristas com suas acrobacias prendem a respiração da platéia, o
domador de “feras” que vislumbram os olhares paralisados das crianças diante do
perigo, o mágico com seus truques reavivando a imaginação, o faquir desafiando
a lógica com sua armadura invisível, as bailarinas com seus maiôs enfeitados
com lantejoulas descortinam e rebrilham os sonhos, o equilibrista na corda
bamba, diante de olhos trôpegos, desafia a gravidade com mais facilidade do que
quando conduz o seu dia-a-dia.
Ainda têm os irreverentes, bonachões, com roupas
largas, nariz descomunal e vermelho, caras pintadas escondendo suas feições para
revelar a alegria, fazendo caras e bocas, gestos e vozes, correm, saltam, viram
cambalhotas, desfiam um rosário de brincadeiras na maioria das vezes
repetitivas e inocentes, porém de tão simples trazem o riso espontâneo; os
palhaços. Seu prêmio? Os aplausos!
A lona de tanto se expor já exibe um colorido
desbotado pelas tantas idas e vindas. Lá do alto os alto-falantes anunciam em
vozes distorcidas, quase indecifráveis, as atrações. A música que ressoa deles
se perde pelo ar e os cartazes com as indicações das atrações, colocados de
fronte a bilheteria, tudo isso mais confunde que informa – deve ser proposital.
Tudo isso tem um que de magia, um gosto de
infância, uma alegria que não é possível quantificar nem decifrar. Mesmo com
toda essa evolução hi-tech, velocidade das informações, TV’s, cinemas, internet, etc.,
ele ainda encanta.
Mesmo assim, com suas atrações mais que batidas (conhecidas)
e com seu jeito, na maioria das vezes, de quem parou no tempo, não há um
substituto a sua altura. É uma maneira de levar alegria ao povo que ainda
continua viva, encanta.
Dia 27 de Março dia Mundial do circo umas das mais
antigas artes de espetáculos do mundo. E você já se divertiu hoje?
Ecobueno