segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

One Day

 
And so it is
The shorter story
 
No love, no glory
No hero in my sky
The cold of my hands
 
The emptiness of my soul
 
And so is my live
 
ecobueno15


sábado, 12 de dezembro de 2015

Invasão de Privacidade - Indignação e Raiva!



Terça feira, ao chegar em casa e poder entrar sem precisar colocar as chaves na fechadura e apesar do sol do meio dia e não me recordar de ter esquecido, ver as luzes acesas; tudo revirado, algumas coisas quebradas, outras faltando e, no seu canto, o suporte do violão trazia o tom desafinado da ausência do seu ocupante. 

A adrenalina nas alturas me empurra instintivamente em direção aos cômodos na busca de uma explicação que não seja aquela que ali se desenha: Arrombamento, invasão e roubo! 

Após o impacto da “surpresa”, a revolta e a sensação de impotência me traz de volta ao mundo real. O mundo, onde ter que trabalhar, ser correto e pagar em dia as contas, é ser o otário. Enquanto, aquele que vive à margem da sociedade, desrespeita o espaço do outro, invade, barbariza, rouba e até mata, muitas vezes se acha injustiçado, o "coitadinho" e sempre encontra alguém (Estado, instituições, ONG’s) que o defenda, é o “esperto”. 

E o pior, é achar que, “ainda bem, dos males o menor”, e apesar de ter sido virado do avesso, ferido intimamente, estou vivo. Respirei fundo e contei meus anos. Descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Já não tenho tempo para projetos ideológicos.  Já não tenho tempo para  aceitar que esses acontecimentos fazem parte da vida. Já não tenho tempo para intermináveis discussões sobre estatutos, normas, procedimentos e regimentos, em defesa daqueles ou desses “coitadinhos”. 

Diante do acontecido, vejo que meu tempo é escasso para rótulos. Direitos (humanos?) dos “pobrezinhos” que, após cometerem esse tipo de crime se "arrependem" e reclamam que não encontram respaldo social? Daqueles que “pagaram” suas penas e mesmo assim ficam rotulados como criminosos (bandidos)? Quanta injustiça!?!? 

Já não tenho tempo para ficar pensando ou explicando se estou ou não perdendo a fé, por não falar, nessas horas, dos escritos bíblicos, crenças e leis. Porque prefiro a poesia do Chico Buarque, Vinicius de Moraes e do Neruda; a voz de Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Guimarães Rosa, José Lins do Rego e José Saramago. 

Nessas horas, bate a raiva e meu desabafo pode ser ácido, porém realista, a fim de evitar essa anestesia diante das barbáries desses covardes. E que parem com essa balela de que tudo é devido ás desigualdades e falta de oportunidades.

Os que invadiram e roubaram minha casa estavam motorizados, bem preparados, com “conhecimento” para saber, além da minha rotina, o que buscavam, fortes (bem alimentados) o suficiente para arrombar as fechaduras e carregar o que queriam. E agora regozijam, quem sabe nas cordas do violão, o grande êxito.

Mário de Andrade afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. E essa é a sociedade onde os valores estão distorcidos. Até quando? Basta!

ecobueno15

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Luz Presente



O tempo passa, tudo muda
E entre tantas variáveis
Conquistas e desilusões
Acreditar que ainda é possível
Onde a alma vibra; pulsa a vida
 E que sempre haverá um certo alguém:
Alguém que mesmo distante
Ainda assim se faz presente
Alguém que pensa esquecido
Mas está, cada dia mais vivo
Talvez ele possa não se atentar
Mas sua luz é fundamental
Ocupa um lugar único nessa história
Onde cada capitulo, do viver
É o personagem principal

Ecobueno15

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Escolas Ocupadas?

“Os meu sonhos/Foram vendidos/ Tão baratos que eu nem acredito”. Esses versos são da musica Ideologia, um clássico de Cazuza –  e servem para ilustrar o que acontece quando um determinado grupo se deixa levar por outro que nada tem a ver com suas convicções.

Isso ocorre na discussão (ou falta dela) que se refere a reorganização da rede de ensino que a secretaria de educação do Estado de São Paulo está propondo. Nessa “disputa” entre alunos e secretaria, falta explicação e sobra confusão. 

Mas o que preocupa não é a legitima reivindicação dos alunos, que se mobilizaram e encontraram, na ocupação das escolas (bom seria se sempre estivesse ocupada, pois ela é dos alunos), uma maneira de pressionar as autoridades a rever esse plano, e sim como estão se desenrolando os fatos.

A infiltração pelos “movimentos sociais” como MTST, tira o foco e põe em cheque a legitimidade das reivindicações. Como o MTST prega em sua cartilha que “A luta é contra o capital e o Estado que representa os interesses capitalistas (...) Ao bloquearmos uma via importante estamos gerando um imenso prejuízo aos capitalistas”. Fica a pergunta: será que as interdições de importantes vias da capital paulista não tem nada a ver com isso? Só pelo modus operandi que os alunos adotaram, está, no mínimo, implícita essa contaminação.

É evidente que esses “apoiadores” dos alunos, não estão preocupados em entender o que significa a reorganização escolar ou discuti-la. Tão pouco apresentar soluções para a melhoria do ensino. A retórica desses movimentos, em sua grande maioria, financiados por verbas governamentais, não trazem benefício e muito menos colaboram para que a valorização dos professores e o ensino, tão precários, melhorem.

A intromissão no tema da educação – algo tão sério, que afeta muitas famílias – mostra que a preocupação do MTST é intimidar para derrotar “o capital” (contraditório, pois dependem dele) conforme manda sua cartilha.

É uma pena que muitos alunos (jovens), devido ineficiência ao diálogo por parte dos governantes, sejam influenciados por esse tipo de movimento – verdadeiros baderneiros - que muitas vezes, e já demonstraram isso, radicalizam promovendo a violência, ignorando as leis e as opiniões contrárias, algo essencial numa sociedade instruída e democrática. Atentem, alunos, para não perderem (venderem) seus sonhos por uma ideologia partidária qualquer.
ecobueno15

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Tecendo Loas

                         
 

Fico a certa distância

Admirando sua exuberância

Me embriagando na sua fragrância

Me envolvendo na sua essência

Me estruturando na sua relevância

Me enlevando da sua vivência

Tecendo loas a sua importância

Preenchendo minha retina

Com a luz da sua existência
ecobueno

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ataques, Terroristas?



Os ataques terroristas ocorridos em Paris, na França, na sexta feira, 13 de novembro, repetindo o que acontecera no inicio do ano com os jornalistas franceses do periódico Charlie Hebdo, trazem à tona os achismos, as explicações, comparações e soluções de uma maneira muito simplista. E não é bem assim.

Se não vejamos: Desde que o mundo se viu habitado pelo bicho homem, as desavenças sempre existiram e sempre hão de existir. Se antes eram as disputas pela caça, invasão de territórios, escravidão em nome da liberdade, arenas com leões para divertir a plateia (seria hoje o UFC?), matança entre tribos de etnias diferentes. Hoje é o absolutismo, atentados a bomba, guerras em nome da paz, violência gratuita no transito, nas escolas, em casa. A intolerância religiosa, o racismo, a corrupção, o fanatismo, a xenofobia, o machismo, o feminismo, o extremismo. A fome gerada pela desigualdade – enquanto uns tem tanto, tantos tem quase nada – a escassez de água, o desperdício dela. A ingratidão, a mentira, a soberba, a dissimulação. A falta de respeito ao próximo, a si mesmo, drogas, vícios, a violência sexual, verbal, física, politica e moral. Tudo evolui, até a barbárie, infelizmente.

Em meio a tudo isso, não é possível achar culpados ou inocentes. Respostas fáceis, saídas simples, utópicas, magistrais (cinematográfica?), isso não ajuda. Afinal quem é o dono da verdade?

Enquanto uns clamam por mais religiosidade, outros a repudiam. A história nos mostra que as maiores guerras foram causadas pelo extremismo religioso. Muitas excluem o seu semelhante. Quando alguém diz ser ateu, cético, incrédulo, o que acontece? No mínimo se torce o nariz como se isso fosse algo impensável. Só porque todos precisam acreditar em algo? Mas como tomar partido?

Quando falamos de moral, de qual estamos falando? Da minha, da sua ou a deles? Quando invocamos a paz percebemos que só há a passividade quando nos convêm. É só ver os números de mortes banais, por uma simples discordância. Quando criticamos um desastre ambiental, não buscamos as causas e sim atacamos os possíveis causadores. No desastre de Mariana, MG – caso recente – a mineradora está lá há muitos anos, e nós, os críticos, usufruímos do que ela extrai – minério de ferro – para o nosso conforto diário. Mas esquecemos disso (conveniência?). E os fiscais que recebem para fiscalizar, onde estavam?  E os ambientalistas, o poder público, o judiciário, a comunidade? 

Quando vociferamos contra a xenofobia, o que fazemos para calar esses detratores? Quase nada. Quando falamos da ingratidão, da mentira, da dissimulação, enfim, de tudo que apontamos em outrem, será que estamos escondendo algo de nós, ou em nós mesmos?

Quando acontece algo chocante, amplamente divulgado em detrimento de outro com “menos” apelo midiático, logo vem – sem trocadilhos – a enxurrada de críticas e comparações, como se isso fosse possível. Se não noticiam em um determinado veículo é só buscar em outro. Só que é mais fácil esperar o mais do mesmo e depois reclamar. Quantas notícias á respeito de obras assistenciais e ajudas humanitárias, vemos, tanto nos mais ou quase esquecidos, veículos de comunicação? Alguém reclama? 

O sofrimento de uma criança em países distantes, não é maior ou menor àquela que serve de mão de obra escrava em nossas lavouras, ou pedem no farol. Atentados num País europeu não são diferentes aos quase que diários em países do Oriente médio. Os escândalos de propinas, corrupção e totalitarismo na América Latina, não podem ser medidos pela régua dos ocorridos em outros lugares do mundo. Cada um tem sua devida parcela de sofrimento. O que não é pouco.

Sim, desde que o mundo é mundo, isso ocorre, guardadas suas devidas proporções. A diferença é que hoje em dia a tecnologia traz tudo tão rápido que faz parecer algo corriqueiro. Ficamos anestesiados diante de tantas notícias ruins, que nem temos tempo de nos indignar. O que fazemos? Ficamos comparando os fatos e escolhendo qual ou quem merece maior atenção (divulgação).

Entendo que nenhum sofrimento merece comparação, tão pouco esquecimento e sim indignação. As saídas simplistas como apontar culpados, reclamar, maldizer, só ajuda a aumentar as diferenças, alimentar o rancor e disseminar o ódio. Opiniões sem conhecimento, ataques gratuitos – terroristas? - e as saídas simplistas, que nada resolvem, trazem uma visão míope sobre fatos muito mais complexos.  

Ecobueno15