quinta-feira, 29 de maio de 2014

Parafraseando Chico

Me preparava para escrever algo sobre
Esses tempos atuais, em que nós pobres mortais
Perdidos entre o ter e o ser
Temos a celeuma do revide a qualquer preço
Nessa tese desmedida, onde ficam os sentimentos?
Então me deparei com o que ele escreveu
Em sua sabedoria, "mineira"
Apenas transcrevi:
 


"Uma mágoa não é motivo para outra mágoa
Uma lágrima não é motivo para outra lágrima
Uma dor não é motivo para outra dor
Só o riso, o amor e o prazer
Merecem revanche.
O resto, mais que
Perda de tempo...
É perda de vida."
 
Chico Xavier


Ecobueno

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Um Ser Especial!

Happy Birthday

Mais um ano, e temos a sua admirável presença. Não é apenas mais um dia entre tantos, é o seu dia! E nesse dia o presente, é nosso!

Tu que sempre me acolheu, de alegrias me encheu, de carinhos me cercou, e se hoje tenho que comemorar, é porque tu o concebeu.

Não és, apenas mais um, entre tantos seres, és única. És mulher, amiga, companheira, mãe é pra vida inteira.

Em minhas veias não corre teu sangue, mas minha alma tem a sua alegria. Meus dias a sua magia. Minha formação tem suas mãos. Minha personalidade tem a sua força, e sempre hei de enfatizar, no meu viver, ainda bem que existe teu ser.

Então, sem errar, posso dizer, com todo respeito e admiração, que fazer parte dos seus dias, é uma grande benção. Obrigado e Parabéns!

Ecobueno

            

terça-feira, 20 de maio de 2014

Ébano

Esse sorriso marfim
Essa tez de ébano
Essas melenas pixaim
Esse olhar iluminado
Esses lábios carmesim
Esse caminhar seguro
Esse deleite sem fim
De um negro felino
Que revela assim
Ser tão maravilhado
Deveras linda enfim

Ecobueno14



segunda-feira, 19 de maio de 2014

Agenda Cultural: O Rei Leão - O Musical


O Rei Leão – O musical, um espetáculo de grande sucesso da Broadway, agora no Brasil, em cartaz no teatro Renault (antigo Abril), em São Paulo, revela o cuidado e a responsabilidade que todos os envolvidos tiveram para adaptar com fidelidade esse grande clássico de Walt Disney, que encantou crianças e adultos pelo mundo.

Tentando ser fiel ao desenho - não é possível comparar com o musical homônimo por não ter, infelizmente, ido a Broadway - o espetáculo com músicas de Gilberto Gil, apresenta uma releitura da história de Simba, o leãozinho que junto com seus amigos, mostram as “vicissitudes” da vida, como a intriga, o ciúmes, a inveja, a ingenuidade e acima de tudo, o valor da amizade como forma de enfrentar esse mundo tão complicado, dos adultos.
 
Cenário, figurinos, iluminação, orquestra, percussionistas e os Ensembles (vozes do coro musical), tudo feito com esmero para contar a história e encantar. Além de representar, cantar, dançar; o grande elenco se “vestiu”, literalmente dos tantos personagens (animais), para passar de forma sucinta a emoção que muitos tiveram quando, na infância e adolescência, assistiram o desenho. O que convenhamos, não é muito fácil, afinal sempre traz comparações. Méritos aos produtores que souberam escolher o elenco.

Primeiro ato: Destaque para a atriz que interpreta a babuína Rafki, sua voz reverbera e enche o teatro. Quando os animais começam a chegar para a apresentação de Simba - surpresa! - surgem por entre a platéia, guiados pela música, e sobem ao palco. Os figurinos impactam e se destacam pela iluminação que ambienta a África. São de encher os olhos e mexer com as emoções há muito adormecidos. Os atores-cantores, Mufasa (leão pai) e Scar (tio), são precisos e marcantes. Pena que a interpretação de Simba e sua amiga Nala (leões ainda criança) serem um pouco evasivas, talvez pelas vozes ainda em formação, mas nada que comprometa as cenas. O ápice do primeiro ato é o efeito do estouro da manada de guinus que mata Mufasa, é de tirar o fôlego pela criatividade e engenhosidade. Genial!

No segundo ato, após o intervalo, o cenário já não é tão rico quanto do início e os vocais de Simba jovem, peca um pouco, não pela qualidade, mas sim pela intensidade. Talvez, por ficar no inconsciente a comparação das vozes do primeiro ato. Ou quem sabe, seja proposital, pois o rei, agora jovem, ainda tenha suas dúvidas. Mesmo assim, o espetáculo não se arrasta devido a alegria dos personagens, Timão (sarcástico) e Pumba (providencial), que mantém a atenção e o interesse do publico. Mérito dos atores que se misturam e incorporam ao espírito da fantasia.

O grande intuito dos bons espetáculos é, sem duvida, inserir o publico na história. É o que O Rei Leão – O musical se propões e consegue fazer. Apesar de grandioso e longo, quase 3 horas de espetáculo, é conciso e rico em detalhes. O expectador não se perde e mantem-se absorto da primeira a ultima cena. É possível viajar e se maravilhar. O pior momento? É quando acaba e é preciso voltar à realidade. Vale o ingresso.


Ecobueno14

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Ser Pleno, Mãe!

Essa é uma data em que bate aquela nostalgia, revela-se um vazio e, paradoxalmente, uma saudosa alegria e satisfação por ter experimentado, mesmo que tenha sido abruptamente interrompido, o prazer e a emoção de ser filho. Não há do que reclamar, pois nesse tempo em que foi possível, e é preciso sempre enaltecer do quão importante e grandioso foram esses momentos, ela foi de vital importância em meu viver.

Daquela que me transferiu parte de seus genes, não só visceral, também o emocional, tenho essa eterna saudade e muitas vezes a sensação de impotência diante dos desígnios que a vida nos impõem. Por teres partido tão cedo e eu recém saído da intempestiva fase que só os jovens tem, e chegado a outra não menos complicada, a qual chamamos de:  fase adulta, foi difícil. Senti-me perdido e o estrago só não foi maior porque tive o carinho e apoio de pessoas, que mesmo não tendo a responsabilidade de me guiar, o fizeram sem nada pedir em troca.

Sim, as lembranças ainda estão fortes, mas já não trazem tristeza, muito menos as lágrimas causam dor, afinal todo esse carinho, amor incondicional que só elas, as mães são capazes de ter, continuei recebendo através da figura "adotiva" (onde continuo inserido), que no meu simples entender, é tão importante quanto. E por isso, mesmo na minha pequenez, sou grato pela oportunidade da experiência de continuar, em outras formas de amor e família, ainda sendo filho.

Esse, para muitos, é um dia para a confirmação e a celebração desse amor que só um ser com magnitude tamanha é capaz de ter, onde todos estarão reunidos, mesmo eu que por não ter o mesmo DNA, GENE, fator RH (grupo sanguíneo), sobrenome, e o que mais pese (contra ou a favor), estarei em meu devido espaço, sem transpor a linha que indica quem e de onde sou, comemorando esse momento. Mas com uma grande diferença, além de poder ter o abraço físico, o terei “in memorian”.

Por isso a essas mulheres incríveis e maravilhosas que me acolheram e ainda me aprovam em suas famílias, meu eterno reconhecimento. Àqueles que ainda podem sentir o calor de quem em seu ventre e colo, os protegeu, celebrem a emoção de poder dizer a todo instante: Sou feliz por tê-la todos os dias, minha Mãe!!!



Ecobueno