quarta-feira, 24 de junho de 2015

Virada Cultural 2015



Manhã de domingo, primeiro dia de inverno, o céu de um azul emudecedor, destoava da estação. No centro de São Paulo a Virada Cultural fervia. Na Praça Júlio Prestes, o palco em frente ao prédio da E.F. Sorocabana, estava pronto para receber mais um show. 

Do alto da fachada do belo prédio em estilo Francês do século XVI, contrastando com a arquitetura renascentista da Pinacoteca, marcava meio dia em ponto, quando os primeiros acordes soaram. O ex-Titãs, Nando Reis, sobe ao palco para entoar canções de amor, versos diretos e metáforas enigmáticas.

No mesmo tom, da canção – “As coisas Tão Mais Lindas”, em que um dos versos diz: Está em cima/ Com o céu e o luar/ Horas, dias” – o Sol e a Lua se acotovelavam no céu; além de assistirem davam um show particular. Sem muito rame- rame, Nado Reis vai enfileirando seus hits, “Sou Dela”, “Segundo Sol”, “N”, “Relicário”, até abrir um parênteses para dizer da canção feita para Cassia Eller, “All Star”, que cai muito bem a céu aberto, pois o sol é uma estrela que brilha ao meio dia. Nada mais metafórico.

“Luz Nos Olhos”, “A letra A”, “Não Vou me Adaptar”, “Os Cegos do Castelo”, o show continua até nova pausa, onde ele relata a história da composição da musica “Por Onde Andei”, “Amor eu sinto sua falta/ E a falta é morte da esperança”, e aproveita para politizar um pouco. Terminou com “Marvin”, deixando um gostinho de quero mais. A plateia cantou, dançou e pulou do inicio ao fim. Um show muito bom, que era para ser ótimo se não fosse ausência da banda Os Infernais que da mais peso às canções. 

Pegando carona nas metáforas, “Prefiro as pernas/ Que me movimentam”, pois era o único meio de transporte possível na região central, sigo para outro show - banda IRA! - no Teatro Municipal. Um dos mais belos cartões postais do centro de São Paulo. Arquitetura inspirada nos traços Renascentista, Barroca e Art Nouveau do sec. XVII. Só a visita ao Teatro já valeria o passeio. 

Tão eclético como a construção do Teatro, é a diversidade da agenda de espetáculos. Não poderia ser diferente na Virada Cultural. No palco onde se apresentam os clássicos de musica, dança e peças teatrais, liderado por Nasi (vocais) e Edgar Scandurra (guitarra e vocais) os remanescentes da formação original do IRA!, entoam suas canções. 

As letras diretas na voz rouca de Nasi embaladas pelos rifs de guitarra de Edgar Scandurra, mostram a força do IRA!, banda referencia dos anos 80, que não perdeu sua essência. No palco toda a ebulição dos hits como “Longe de Tudo”, “Tarde Vazia”, “Tolices” “Gritos na Multidão”, “Mudança de Comportamento” (musica que dá nome ao álbum de 1985), “Ninguém Precisa de Guerra”, entre outros, confirmam a qualidade de uma das melhores bandas do rock nacional.

Show acaba e o que fica é: Que “Já não tenho a mesma idade... /Essa vida é jogo rápido” e “Estou sozinho com o tempo... /Solidão me deixe forte/ Talvez resolva meus problemas”, “E Me Valeu o Dia/ Na Mente Fantasia”, então é hora de voltar e a mudança de comportamento foi assistir ao IRA! Sentado nas poltronas do Teatro Municipal, (nunca imaginei). Mas, valeu a overdose de rock nacional na Virada Cultural 15!

  ecobueno

terça-feira, 9 de junho de 2015

Os Dias!

Os dias são assim
Essa mistura
De lágrimas e sorrisos
Dores e afagos
Alegrias e tristezas
Duvidas e certezas
E nesses temperos e destemperos
Tens em cada amanhecer
O viver!
 
Ecobuero