A
sociedade promove o consumo e instiga as pessoas a terem fantasias sobre os
relacionamentos. Eles são vendidos como algo perfeito. Nessa lógica, as
mulheres devem sempre ser lindas; os homens, musculosos; os beijos, sempre
maravilhosos. Passam isso como um estilo de vida. Então, a mulher que absorve o
conceito de bem-sucedida e arrogante precisa procurar um parceiro perfeito, à
altura dessa imagem. Por sua vez, os homens também buscam mulheres perfeitas,
que sempre dêem prazer a eles. Ambos têm expectativas inatingíveis. As pessoas
ficam reféns de um conceito que não é delas, que não existe. A conclusão é a
insatisfação. É como se a pessoa fosse estimulada permanentemente a querer
outro, nem sempre melhor, mas outro. Assim como ela é incentivada a querer
outro tênis, outra blusa, fazer outra viagem, etc.
Infelizmente
vivemos nesse afã de ser e ter sempre o melhor e chagamos ao extremo de nos
tornarmos “pessoas-objeto”, que na verdade são alusões de uma sociedade
altamente consumista, como se fossemos marcas x ou y, de melhor ou pior
qualidade. Com isso perde-se a característica única, singular que é a essência de
“pessoa-humana” com seus erros e acertos, com suas dores e alegrias, defeitos e
virtudes e com esse sentimento único, que é saber amar de forma simples, sem
formulas ou rótulos.
Mesmo
com essa enorme cruzada por parte dos meios de comunicação interferindo na vida
das pessoas, impondo à sua maneira, que ela é esse eterno comercial, onde tudo
tem que ser plástico, perfeito, sem defeitos, colorido e igual. Pois assim se
ganha mais dinheiro (como dizia Cazuza). É preciso ter em mente que a vida não
é um rascunho, já nascemos prontos, apenas vamos, ao longo do tempo, nos
aprimorando e que, se um dia qualquer pretendermos passá-la a limpo, podemos
descobrir que isso pode ser tarde demais.
Afinal
de contas qual o significado do belo e feio nos relacionamentos? Descubra por
si, não espere que te digam...
Ecobueno